segunda-feira, 12 de abril de 2010

Eleitor não é "máquina"


As eleições presidenciais deste ano acontecem no dia 3 de outubro, mas uma sucessão de fatos extra-eleitorais "esquentam" o clima já acirrado que existe entre os "prediletos" pré-candidatos José Serra (PSDB) e Dilma Roussef (PT). Nessa semana, o jornalista Eugênio Butti trouxe à tona um importante aspecto da disputa eleitoral à presidência do País: a bipolarização do debate por parte da mídia, intelectuais e até mesmo entre os eleitores de maneira geral.

Neste caso, o que tem despertado curiosidade, segundo a crítica feita pelo jornalista, é a capacidade restrita de parte do eleitorado de pensar de maneira binária - assim como age os sistemas processuais dos computadores. O intelectual critica o posicionamento dessa parcela do eleitorado chegando a classificá-la como resultante de um olhar maniqueísta, motivado também pela manipulação da imprensa e pela incapacidade de perceber os mecanismos de controle dos meios multimidiáticos.


Assim sendo, diante das composições e alianças partidárias que observamos, vale lembrar que existem pelo menos outros 12 políticos que demonstram interesse em assumir a cadeira da República. Neste artigo, proponho ao leitor buscar informações sobre os candidatos e o que cada um pode apresentar em termos de propostas políticas, ou até mesmo simplesmente conhecê-los.

Abaixo segue a lista de alguns dos pré-candidatos:

Américo Souza (PSL)
Ciro Gomes (PSB)
Ivan Pinheiro (PCB)
José Maria de Almeida (PSTU)
José Maria Eymael (PSDC)
Levy Fidélix (PRTB)
Marina Silva (PV)
Mario Oliveira (PT do B)
Oscar Silva (PHS)
Plínio de Arruda Sampaio (PSOL)
Roberto Requião (PMDB)
Rui Costa Pimenta (PCO)

Desta maneira, enquanto se discute em grande parte da imprensa a diminuição da margem de intenção de votos entre Serra e Dilma, gastos exorbitantes com elaboração de campanhas e envolvimentos de sindicatos no processo eleitoral (que não deixa de ser um assunto relevante, pertinente e que deve ser fiscalizado sim pela imprensa) seria primordial que o eleitor avaliasse com mais criticidade e acurácia a possibilidade de poder votar em outros candidatos se assim quiser.


Como a democracia permite escolhas, é importante que o cidadão busque informações que a ele são colocadas. Dessa forma, é provável que a nação tenha uma visão mais abrangente e dialética a respeito de como pode fazer valer sua cidadania bem como medir com mais clareza o seu poder de senso crítico. Aliás, as pessoas pensam já as máquinas agem em função da programação realizada pelos seres humanos. Nesse ponto, o eleitor não pode ser massa de manobra e deve optar pela autonomia e liberdade de expressão.