Eça de Queirós
Uma tradição na FLIP são os bonecos de papel marche, construídos pelas crianças das escolas públicas da cidade, através de uma oficina ministrada pelos escultores locais. Os bonecos gigantes representam grandes clássicos da literatura. A idéia foi reeditada, com novos temas. Olhando atentamente a cidade, descobrimos, também, figuras do folclore brasileiro.
De acordo com os organizadores do evento, os bonecos são sempre sucesso na FLIP, o que podemos perceber nitidamente. Quando as crianças chegam à praça do centro histórico de Parati, ficam perplexas com o colorido e o tamanho dos bonecos. Ao verem que nem todos os bonecos são imóveis, querem logo saber como são feitos e como funcionam aqueles que se movem.
A técnica do papel marche é tradicional em Parati e muitas vezes é passada de pai para filho nos quintais. Em parceria com um programa educativo, os alunos da rede escolar aprendem, a partir das referências da literatura e da cultura local, a fazer os bonecos. Nas instalações, alguns bonecos montados em frente à Flipinha este ano são: Alice no País das Maravilhas, Cirandeiros de Parati, A Metamorfose (Kafka), Jeca Tatu, João e Maria na Casinha de Doces, o Saci, a Mula-sem-cabeça, dentre outros.
Durante a Flip, crianças e jovens de escolas públicas desfilam, pelas ruas da cidade, vestidos nos grandes bonecos que por eles são feitos. Aos turistas e curiosos é possível também vestir-se nos personagens e emergir na brincadeira e nesse mundo de fantasia que não é assim tão simples e ingênuo. A arte visa mostrar às crianças a riqueza presente nas obras e a problemática que envolve cada uma, levando o adulto e a criança à reflexão do que é observado.
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